Best of Corrs – Foi lançado no final de Outubro de 2001, marcando um ciclo de 10 anos de carreira da banda. Inclui grandes temas clássicos como Runaway, Forgiven not Forgotten, êxitos recentes como Breathless e ainda músicas novas como Would You Be Happier ou Make You Mine. Um CD recheado da mais pura qualidade musical.

Alinhamento:

Would You Be Happier
So Young (K-Klass Remix)
Runaway
Breathless
Radio (Unplugged)
What Can I Do (Tin Tin Out Remix)
The Right Time
I Never Loved You Anyway
Irresistible
Forgiven not Forgotten
Lough Erin Shore (Instrumental) (Unplugged)
Only When I Sleep
Love to Love You
All the Love in the World (Remix)
Everybody Hurts (Unplugged)
All in a Day
Dreams
Make You Mine

Would You Be Happier

Would You Be Happier é o single de lançamento para o Best of Corrs. É uma música muito alegre e cheia de energia, bem ao estilo da música em In Blue, com uma letra que simboliza muito do que se passa na vida. Volta no entanto a não fazer uso do violino, mas sim de bastante electronização. No entanto, simplesmente adorável.

So Young

Uma canção muito alegre, parecida a “The Right time”, mas sem tantos elementos tradicionais. É sobre a felicidade, felicidade de ser … Jovem. O mundo está aos pés deles e ainda são tão novos. Com um bocadinho de imaginação deixamo-nos levar pela emoção e consegue-se imaginar aquilo que é descrito na canção e tudo é possível. Sharon faz boa figura, mas é a bateria de Caroline que faz o núcleo da canção.

Runaway

Esta canção é definitivamente uma das mais bonitas escritas até hoje, é arte, pura e simples. Ao vivo contam que é angelical, ouvir toda a perfeita fusão entre os instrumentos. É surreal. Sharon é quem recebe a melhor nota nesta canção, onde consegue mostrar-nos uma vez mais que domina o violino como ninguém no mundo. A história é sobre uma rapariga que procura incessantemente o amor, e faz e quer isso com tanta paixão que acaba por consegui-lo. A voz de Andrea é incrivelmente clara e profunda e ela até quase que podia ser a rapariga da história. Não há palavras suficientes para descrever esta canção como ela merecia, mas vendo bem, é isso que a música dos Corrs tem de especial, o facto de conseguir tocar no coração de cada um quando é ouvida.

Breathless

Foi o primeiro single de “In Blue” e tem uma melodia muito pop que fica no ouvido com facilidade, mas perdeu-se um bocado o elemento tradicional. Existe muita guitarra eléctrica e bateria (que obriga Andrea a esforçar-se para se fazer ouvir). Os “back vocals” estão muito bons! A letra é muito, muito .. pouco marcante, coisa que não é habitual nos outros álbuns. O refrão como já disse fica no ouvido com facilidade , depois de ouvir pela primeira vez a canção o “Go on , go on / Come on leave me Breathless” fica na cabeça. O que dizer? O single foi número um nos tops de dezenas de países! Brilhante.

Radio

Muito boa, eu pessoalmente gosto muito, mas não é um dos seus maiores êxitos. A letra é toda ela muito melancólica (não sei quem a escreveu mas apostava forte em Andrea, embora se diga que foi Sharon quem escreveu parte na altura do lançamento de “Talk on Corners”). A história é sobre a dor provocada pelo separamento, ela revive toda a história, lembrando-se de tudo aquilo que foi bom quando estavam juntos. Ela deu-se de corpo e alma a esta relação e os esforços para esquecer são em vão porque ele vai estar sempre na cabeca dela. A música em si é muito bem construída com Jim e Caroline a brilharem, sem esquecer no entanto Sharon que no entanto não consegue introduzir uma característica tradicional à canção.

What Can I Do

Uma canção triste. Uma discussão e ele foi-se embora. A terminar esta história fica a marca bem patente durante toda a canção que ela o quer devolta e assim “What can i do to make you love me”, pergunta ela. A letra é triste, mas nota-se que há esperança e é acompanhada por uma grande composição do violino, é quase tiro e queda gostar desta canção. É uma das melhores músicas de “Talk on Corners” que foi naturalmente escolhida para figurar no “Best Of”.

The Right Time

Esta é definitivamente uma canção com o carimbo “Não foi escrita pela Andrea”, tem vida e alegria a mais para poder ser escrita por ela. A minha aposta é que deve ter sido Caroline ou Sharon a escrevê-la, isto porque elas é que têm a perspectiva luminosa da vida. De qualquer modo a história é sobre quando na nossa vida estamos felizes e completos por dentro. Enfim é a harmonia completa entre os instrumentos, é perfeito…

I Never Loved You Anyway

Ele deixou-a e foi ter com outra rapariga; ela quere-o de volta. Dá-se a entender que ela quer ir ter uma conversa de rapariga para rapariga. Vingança? A canção ilustra bem as coisas que não correm bem numa relação amorosa. É uma composição musical bastante boa com a utilização do violino, flauta, bodhran e guitarra. A letra da canção vai pôr um sorriso na cara de quem a ouvir, especialmente a parte “Valentino? I don´t think so!”.

Irresistible

Foi o segundo single de “In Blue”, tal como em Breathless o elemento tradicional não foi explorado e recorre-se muito à bateria e à guitarra, obrigando novamente Andrea a um esforço redobrado. A letra é muito banal e pouco profunda sem aquele elemento que nos prende à canção, embora tenha um refrão que fica no ouvido: “Irresistible – natural , phisical…”. Nota-se que foi co-escrita em conjunto com Muttt Lange (que também co-escreveu “Breathless”).

Forgiven not Forgotten

É a canção sobre dor e sofrimento, sofrimento porque aquilo que foi feito não pode ser desfeito e dor porque “ele” se suicidou e deixou-a sozinha neste mundo. É uma canção que começa muito suavemente com o Violino e o Bodhran a preparar a “zona” para Andrea. Subitamente o violino e o bodhran são substituídos pela guitarra eléctrica e pela bateria e este é o ponto fulcral da música, que é quando sentimos o panorama sentimental que a envolve, em suma o drama. A paixão que Andrea põe nesta música pode por vezes pôr-vos a chorar (vejamos bem Andrea, quase que também chora). O final da história acaba com a rapariga a pensar em ir ter com ele ao céu, mas acaba por perdoá-lo, mas não o esquece (forgiven, not forgotten).

Lough Erin Shore

Agora sim, isto é música. Dá a hipótese a todos os The Corrs mostrarem aquilo que sabem. É uma magnífica peça instrumental. Começa muito suavemente com o violino, a seguir vem uma batida misteriosa do Bodhran, fundida com a flauta e a guitarra acústica. Os tambores célticos levam a canção a um final dramático antes do fim. Irlandesa até às raízes esta música.

Only When I Sleep

A canção começa com a guitarra de Jim a dar a impressão que se trata de puro rock, mas a voz de Andrea clareia a música contando uma história dramática. Ela está apaixonada, mas apenas consegue ver o seu amado durante o sono. Quando acorda, tudo se desvanece no ar e de manhã tem uma vontade desmesurada de o ver novamente mas… ele não existe! O sonho é tão intenso que parece realidade. A letra está cheia de paixão e é provavelmente aquilo que Andrea tem andado a sonhar. A mistura da Flauta com o Violino é deveras boa.

Love to Love You

Isto é mais uma música Pop do que tradicional, mas enfim como é interpretada pelos The Corrs já tem algo de especial LOL. A história é sobre um amor inquieto. Ela olha-o como um amigo, mas tem de lembrá-lo constantemente que ele não passa disso (um amigo). Apesar de no início ela até estar atraída por ele, mas mudou de ideias. O amor, apesar disso, está lá e é forte e ela adoraria amá-lo, se ele não estivesse comprometido com outro alguém.

All the Love in the World

“All the love in the world” é uma canção muito suave e romântica (das mais românticas do álbum, na minha opinião). Que começa com guitarra e bateria que fazem sozinhas o núcleo da canção (violino, qué dele?) A letra transmite-nos que ela só quer alguém de verdade e com certeza para amar, porque o amor é para toda a vida. Só quando souber que o outro também a quer amar com a mesma intensidade sente-se preparada para “then I”ll give all the love in the world”. A sua vida por agora é bastante infeliz devido à falta desse amor e está farta de ter de acordar de manhã sem ninguém ao seu lado. Sharon como é costume, com a sua voz magnífica, dá um tom melodioso à canção que a tornam numa grande canção de amor.

Everybody Hurts

A faixa original foi o sucesso que todos lhe reconhecemos (escrita pelos R.E.M , para os mais distraídos, e foi a canção com que Portugal venceu o Chuva de estrelas Internacional). Esta versão é ainda melhor devido a que é uma senhora de voz angélica a tratar do assunto. A música é muito intensa, uma mistura única de guitarra, violino e bongo (Caroline toca o bongo). É daquelas canções para quem estiver “stressado”… acalma qualquer um.

All in a Day

Uma faixa calma com o uso de algum violino para dar um ambiente mais “luminoso”. A letra fala-nos de uma jovem que acorda um dia e que vê tudo à sua volta a mudar e não gosta nada dessas mesmas mudanças. A bateria é usada de uma forma suave e a guitarra também está presente de uma forma pouco acentuada.

Dreams

Uma das melhores reconstituições de uma Música original “Fleetwood Mac”. O bom que esta canção nos oferece é o facto de misturar perfeitamente o moderno e o tradicional, mas não esquecer três vozes maravilhosas. A canção descola com o violino e a flauta, a seguir aparece Jim com a guitarra acústica, enquanto que o Bodhran constrói o seu espaço com muita segurança. Esta é uma das poucas canções onde se consegue ouvir tão bem as vozes de Sharon e de Caroline como a de Andrea.

Make You Mine

É uma música muito mais ao estilo The Corrs. Com uma guitarra suave e uma letra com um tema para variar (o amor). A minha perspectiva sobre a história é a de uma jovem que deseja o amor e que quer fazer o seu amado uma “posse sua” (é uma palavra um bocado forte, mas acho que serve).