Forgiven, not Forgotten foi o álbum de estreia dos The Corrs e foram precisos 5 anos (!!) até que todas as letras estivessem escritas. É uma colecção genial de músicas originais que fundem a música tradicional Irlandesa com o Pop/Rock Moderno e isso, meus amigos, é o som único que define os The Corrs. Os temas incluídos no álbum falam sobretudo de amor e a dor que provoca, embora também tenha “temas alegres”, como o desejo de viver a vida ao máximo.

Alinhamento:

Erin Shore Intro (Instrumental)
Forgiven not Forgotten (Letra)
Heaven Knows (Letra)
Along with the Girls (Instrumental)
Someday (Letra)
Runaway (Letra)
The Right Time (Letra)
The Ministrel Boy (Instrumental)
Toss the Feathers (Instrumental)
Love to Love You (Letra)
Secret Life (Letra)
Carraoe Jig (Instrumental)
Closer (Letra)
Leave me Alone (Letra)
Lough Erin Shore (Instrumental)


Erin Shore Intro

É praticamente só violino, embora se oiça também um pouco de piano. Ao ouvir esta curta introdução instrumental, apercebemo-nos de que estamos a ouvir uma banda que sabe aquilo que faz.


Forgiven not Forgotten

É a canção sobre dor e sofrimento. Sofrimento porque aquilo que foi feito não pode ser desfeito e dor porque “ele” se suicidou e deixou-a sozinha neste mundo. É uma canção que começa muito suavemente com o Violino e o Bodhran a preparar a entrada da Andrea. Subitamente o violino e o bodhran são substituídos pela guitarra eléctrica e pela bateria e este é o ponto fulcral da música, que é quando sentimos o panorama sentimental que a envolve, e em suma: o drama. A paixão que Andrea põe nesta música pode por vezes pôr-nos a chorar (vejamos bem, Andrea quase que também chora). O final da história acaba com a rapariga a pensar em ir ter com ele ao céu, mas acaba por perdoá-lo, mas sem o esquecer (forgiven, not forgotten).


Heaven Knows

A bateria misturada com o violino faz com que a canção se pareça com uma “tempestade”: uma tempestade de instrumentos e vozes. A mensagem é sobre o amor, ou melhor: amor perdido. Ela foi posta de lado: ele trocou-a por outra rapariga, mas ela deseja-o de volta. Sofre muito, muito mesmo, o que dá que pensar: será que ele vale assim tanto a pena?? Ela quer mesmo tê-lo de volta, como se vê em “oh, please come back to me” e quer que ele esqueça a rapariga “send her away to her grieving”. A parte mais fenomenal da canção é no fim, quando ela deixa todo o sofrimento de lado, embora fique sempre na esperança de…

Along with the Girls

Não há muito a dizer, é uma música bonita e simples: o Violino a flauta e o Bodhran misturam-se perfeitamente. É uma canção boa para quem vem fatigado de alguma actividade.

Someday

Esta música é diferente das outras: é mais “pesada” muito devido ao uso intensivo da guitarra por parte de Jim. Não se percebe na história quem é que deixa quem, mas segundo a comunidade de fãs Corrs, é acordo mútuo. Embora isso não signifique que que ela não esteja chateada, mas após rever os factos quer que ele volte. Apesar de ser Jim a dominar a canção, é o violino e bateria que a fazem “andar sobre rodas”. O interessante desta canção é a mistura de vozes que conseguem desanuviar um pouco o som da canção.

Runaway

Bom, agora chegámos a um dos pontos mais altos deste álbum. Esta canção é definitivamente uma das mais bonitas escritas até hoje, é arte, pura e simples. Ao vivo contam que é angelical ouvir toda a perfeita fusão entre os instrumentos: é surreal. Sharon é quem recebe a melhor nota nesta canção, onde nos mostra uma vez mais que domina o violino como ninguém no mundo. A história é sobre uma rapariga que procura incessantemente o amor, e quer isso com tanta paixão que acaba por consegui-lo. A voz de Andrea é incrivelmente clara e profunda, e cada palavra é cantada com um sentimento tal que ela parece ser a rapariga da história. Não há palavras para descrever esta canção como ela merecia, mas vendo bem, é isso que a música dos Corrs tem de especial: o facto de conseguir tocar no coração de cada um quando é ouvida.

The Right Time

Esta é definitivamente uma canção com o carimbo “Não foi escrita pela Andrea”: tem vida e alegria a mais para ter sido escrita por ela. A minha aposta é que deve ter sido a Caroline ou a Sharon a escrevê-la, isto porque elas é que têm a perspectiva luminosa da vida. De qualquer modo, a história é sobre as melhores alturas da nossa vida, em que estamos felizes e completos por dentro. Há uma harmonia completa entre os instrumentos, é perfeito…

The Ministrel Boy

É uma música muito simples, uma óptima música para começar o dia, para ouvir ao acordar: suave, muito suave. Aqui Sharon tem oportunidade de brilhar, apesar de Jim também dar o seu toque pessoal com o piano.

Toss the Feathers

Está é sem dúvida uma obra prima da arte digna de estar colocada ao lado da “Mona Lisa” no Louvre. Pensam que já ouviram todo o tipo de dance music? Esqueçam o rap, hardcore ou house e oiçam isto. É uma obra instrumental que, quando é tocada ao vivo, além de pôr toda a gente a dançar e a vibrar, quase que nos obriga a dizer “isto é talento do mais alto nível”. É a canção que definitivamente dá a oportunidade aos quatro para mostrarem o seu enorme talento instrumental. No fim da canção fica-se a pensar como é possível Sharon ter mantido o ritmo perfeito durante toda a canção, ou como é que não faltou fôlego a Andrea, ou se Caroline ainda tem força nos braços, ou ainda se Jim conseguia pôr mais entusiasmo e empenho naquela guitarra.

Love to Love You

Isto é mais uma música Pop do que tradicional mas como é interpretada pelos The Corrs já tem algo de especial LOL. A história é sobre um amor inquieto: Ela olha-o como um amigo, mas tem de lembrá-lo constantemente que não passa disso (um amigo). Apesar de no início ela até estar atraída por ele, mudou de ideias. O amor, apesar disso, está lá e é forte e ela adoraria amá-lo se ele não estivesse comprometido com outro alguém.

Secret Life

Muito semelhante a Someday, esta canção é “pesada” com Jim a explorar ao máximo a guitarra eléctrica, mas sempre apoiado pelo violino que suaviza o ambiente pesado da música e a bateria, “cuidado”. A história sinceramente não se percebe fala de religião, filosofia, da vida.. Enfim fica ao cuidado de cada um…

Carraoe Jig

A versão presente no álbum é muito curta e muito vulgar, mas a versão inteira deixa-nos de boca aberta. Dá a oportunidade aos quatro de brilhar. O violino, a flauta (mais reconhecível aqui do que em qualquer outra música instrumental), o bodhran e a guitarra. E por incrível que pareça podem ver-se 30.000 pessoas a dançar esta música tradicional nos concertos dos The Corrs: Imaginem!!!!

Closer

É uma das baladas mais belas e suaves da banda. A forma como a Andrea canta em harmonia com os instrumentos e back vocals que a acompanham é espectacular. As notas do piano são lindas, mas a guitarra conduz a música a um final dramático. Ela vê-o todos os dias e acaba por se apaixonar por ele, e agora tudo o que faz é pensar nele. Ela não tem coragem suficiente para lhe dizer o que sente, por isso vai deixando… Ela sabe que é o homem ideal para si, se ao menos conseguisse desinibir-se e aproximar-se….

Leave me Alone

Esta é uma para Jim brilhar apesar de Sharon e Caroline também terem umas aparições interessantes. A canção em si é difícil de descobrir quem a terá escrito, não tem o elemento dramático de Andrea, nem a alegria de Sharon, por isso deve ter sido escrita ou por outro membro ou pela banda em conjunto.

Lough Erin Shore

É a última faixa do álbum, mas com certeza uma das melhores. Dá a hipótese a todos os Corrs mostrarem aquilo que sabem. É uma magnífica peça instrumental. Começa muito suavemente com o violino, a seguir vem uma batida misteriosa do bodhran, fundida com a flauta e a guitarra acústica. Os tambores célticos levam a canção a um final dramático. É o culminar de um grande álbum e traz sentimentos inerentes a ela, difíceis de explicar: esta música é Irlandesa até ás raízes e fecha este álbum com chave de ouro.